O desfile da Rosa Chá, realizado no sábado, 08/09, fechou com chave de ouro a participação de marcas brasileiras na Mercedes-Benz Fashion Week. As propostas de Amir Slama, um veterano na passarela nova-iorquina, para o Verão 2008, mostram um universo de cores, tecidos e adornos, reunido em uma coleção inspirada no dadaísmo, surrealismo, concretismo e cinema novo.
Mestre em adaptar grandes fatos históricos, Slama mostra, a cada novo look, uma transformação nas peças, inspirado na sucessão de rupturas artísticas que marcaram o século passado. As propostas da Rosa Chá abrangem um conceito muito amplo e que envolve todo tipo de maiôs e biquínis, com abundância de figuras geométricas. Também são amplamente usadas pranchas de metal, peças acrílicas e miçangas, fazendo uma constante alusão ao aparente caos do dadaísmo.
O engana-mamãe aparece nas mais diversas variações, de comportados a mais curtos, trazendo recortes e amarrações diferenciadas. A grande variedade de cores e desenhos assimétricos acompanha a de tecidos, que vão do ponto convencional até telas metálicas, chips ou fibra óptica.
Na platéria do desfile, a atriz Mena Suvari; Ivana Trump, ex-esposa do magnata Donald Trump; a presidente da Brazilian-American Fashion Association, Nadia Schwartz; os cantores JC Chasez e Nikki Sixx. No casting, as brasileiras Ana Beatriz Barros, Barbara Berger, Emanuela de Paula, Fabiana Semprebom, Izabel Goulart, Solange Wilvert e Viviane Orth. A top americana Angela Lindval abriu e fechou a apresentação.
A Rosa Chá se deu bem ao mostrar, como sempre, que qualquer mulher do mundo inteiro pode rechear seus biquínis, maiôs e até os belos vestidos parangolés (a moda de HélioOiticica) sempre selvagens.
Leonardo Oliveira
fotos: Marcio Madeira
